Faz uma semana que, infelizmente, o Haiti não sai das páginas da imprensa.
Independentemente de toda a tragédia que o povo haitiano convive e que não é de hoje, o Haiti tem literatura e das boas.
Jacques Roumain, nascido em 04/06/1907 e falecido em 18/08/1944, é considerado um dos melhores novelistas mundiais. Há uma publicação sua em português: DONOS DO ORVALHO. Se desejarem conhecer a obra completa: "Ouevres Complètes", de Léon-François Hoffman, Editora Allca XX, Paris, 2003. Era escritor, advogado e político. Comunista (ninguém é perfeito), foi declarado morto por "causas desconhecidas" pelo próprio governo haitiano da época, que mantinha-o preso.
Jacques Stephen Alexis, nascido em 22/04/1922 e falecido em abril de 1961, é um dos mais complexos e respeitados escritores mundiais, médico formado em Paris e comunista (outro imperfeito), fundou o Partido para o Consenso Nacional, de esquerda. Se é possível destacar alguma obra sem que sejamos injustos com o restante da produção de ótima qualidade, sua obra-prima é "COMPÈRE GÉNÉRAL SOLEIL" (1955). "L'ESPACE D'UN CILLEMENT (1959), também merece ser chamada de obra-prima. Desconheço se há edições em português, mas há em inglês e recente: "In the flicker of an eyelid", "University of Virginia Press", 2002. A data exata de sua morte é imprecisa, porque foi visto pela última vez publicamente quando estava sendo preso pelos temíveis "tontons macoutes", titios bichos-papões, gíria haitiana para a polícia política do regime do Presidente Duvalier, o "Papa Doc". Em abril de 1961, o então governo haitiano anunciou sua morte.
Vicente de Paulo Mendes Diniz
19 janeiro 2010
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